Poesia Gerada por Inteligência artificial
No mundo literário, poucas coisas despertam tanto entusiasmo quanto um aniversário significativo. “La Gialla”, uma prestigiada série de poesia, não foge à regra: celebra o seu décimo aniversário com um evento que tem o poder de mudar o panorama da poesia contemporânea. Mas não é apenas uma festa. Alessandro Canzian, fundador da “Samuele Editore”, apresentou seis novos títulos editados em colaboração com pordenonelegge, tocando os corações e mentes dos entusiastas da literatura.
Selecionando Autores: Um Dilema Criativo
A missão do projeto é clara: dar voz aos autores que desempenham um papel crucial na cena poética moderna. Gian Mario Villalta, diretor artístico do festival e autor de notável talento, é o depoimento escolhido. Como destaca Villalta, não é uma decisão fácil selecionar autores para incluir na série, dada a abundância de talentos no cenário literário atual.
A poesia AI de “La Gialla”: uma revolução no mundo literário
E aqui está a notícia bombástica: "La Gialla" fez história ao publicar o primeiro volume na Itália de poemas gerados por inteligência artificial. O autor, Vincenzo Della Mea, não é apenas professor associado de ciência da computação na Universidade de Udine, mas também um pioneiro no uso da tecnologia de IA na literatura. Seu livro, “Clone 2.0”, é um exemplo perfeito de como a inteligência artificial e a engenhosidade humana podem trabalhar juntas para criar arte.
O Processo de Criação: Algoritmos e Estética
Della Mea treinou um modelo de linguagem, especificamente GPT-2, usando um conjunto de dados de cerca de 12 mil poemas, bem como textos de ciência da computação e neurociência. Assim que a fase de treinamento foi concluída, o modelo ficou livre para ser criado. Della Mea aplicou então algoritmos customizados para filtrar as obras, eliminando aquelas com erros gramaticais excessivos ou outros defeitos. Por fim, fez a seleção final com base no seu gosto pessoal.
Explorando a dimensão ética: o que isso significa para o futuro?
Esta iniciativa levanta questões significativas sobre a ética da inteligência artificial no mundo criativo. Remete a representações culturais como “Blade Runner”, fazendo-nos refletir sobre a dinâmica entre criadores e criações. Existe risco de ‘rebelião’ por parte das nossas criações digitais? Neste momento, estamos mais interessados em usufruir dos benefícios da IA na poesia, mas o diálogo sobre estas questões éticas é inevitável e necessário.
Conclusão: um passo à frente no mundo da poesia
Com “Clone 2.0”, “La Gialla” e Vincenzo Della Mea não só celebram um aniversário, mas também abrem um novo capítulo no livro da poesia contemporânea. É um momento emocionante para ser um entusiasta da literatura e da tecnologia, e só o tempo dirá como esta síntese da inteligência humana e artificial afetará a arte como um todo.